sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Cheiro de morte no asfalto


Esse poema escrevi após ver um assassinato que teve em minha rua.
Pra quem mora em uma cidade grande deve ser rotina, como disse meu irmão....
Mas pra mim, pobre interiorana foi traumatizante!

Cheiro de morte no asfalto

Ainda sinto o cheiro fresco da morte,
Ela esteve por aqui, e rondava minha casa.
Pela esquina ela levou-o para seu reino.
Queria que o seu véu o cobrisse bem longe daqui.

Suas marcas tristes e sangrentas que emanavam calor,
Lavou a rua com o líquido vermelho e as lagrimas cristalinas.
Até quando ela estará nas mãos do culpado?
Até que ela volte para buscar sua alma para o calabouço!

Sua vida agora carrega a marca da morte!
Em seus ombros levará o peso da alma ferida!
A alma que ele corrompeu com o brilho do bronze!
O fará caminhar pela escuridão de sua consciência!

A carne ferida morta e estirada no asfalto,
O deixará em paz livre das inconveniências mortais!
A alma ferida liberta da dor enfrentará os mundos,
Para tirar-lhe o sossego por toda eternidade!

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